M.Almeida Artesanato Etnográfico

sexta-feira, julho 06, 2007

Choço

Onde dormia o cão de guarda dos rebanhos

Cangalhas

Este utensílio era usado como substituto das cordas de carga. Não dispensava, contudo, a sobrecarga. Era feita de madeira e constituída por 2 travessas com cerca de 5 a 6 furos, onde eram metidos paus com cerca de 40 a 50 cm nas 4 travessas furadas, onde eram presas 2 cordas fazendo assim, um tipo de grelha de cada lado da albarda. Eram usadas no transporte de estrume e outros materiais.

Lagar de Azeite


Geralmente equipado com 2 mós ou 3, conforme a necessidade. Os mais primitivos eram movidos por um animal vacum, mais tarde viria a ser utilizada a força da água dos rios e ribeiros encaminhada por regueiras ou valas. Estes lagares ou azenhas eram movidos por uma roda vertical na parte exterior de casa donde saía o veio que fazia movimentar as mós por meio de carretos feitos em madeira de Carvalho ou Azinho. Também era usado o rodízio horizontal que funcionava na cave de casa, indo o eixo directo às mós. As mós com cerca de 1500 kg cada, trabalhavam verticalmente, ligadas entre si por um eixo horizontal. O depósito era ligeiramente cónico de cima para baixo para que a azeitona corresse sempre para debaixo das mós. A azeitona, depois de moída, era transportada em bacias de madeira de Castanho ou chapa zincada para o depósito onde era espremida em capachos ou ceras feitas de corda pela prensa de varas (ver fig. 5 e 7). Cada moagem ou lagaragem era denominada por 1 munho (cerca de 100 kg de azeitona).

Francela



Com as formas ou cinchos onde se fazia o queijo da Serra da Estrela.

Carro Primitivo



Era puxado por um animal vacum. Todo feito em madeira de Pinho, com excepção das chedas, varas e rodas. As rodas de apenas dois ou 4 raios largos eram de Carvalho ou Azinho, não tinham cepo ou massa e geralmente eram fixas ao eixo, apertadas e justas à pressão, rodando, assim, todo o conjunto entre duas chavetas de cada lado, também de madeira rija. Este eixo era lubrificado com cebo ou gordura que vidrava a madeira para evitar o desgaste. Geralmente estes carros traziam sempre preso na parte inferior um chifre de vaca, cheio dessa gordura, devido à necessidade de ser lubrificado de tempos a tempos. Existia em quase todo o país, com algumas diferenças de região para região.